Não sei escrever bonito,
Ou fantasiar a tristeza,
Quando tudo que me roda me assusta.
Me enjoa.
Me atordoa.
Pensar que parte sua
Você quis não repartir comigo.
Pesar
Que o que eu sou não basta
E você, bem ou mal,
Se castra,
Pra ser fiel à sua ideia de amor à mim.
Preferia ser só carne em liquidação,
Qualquer pedaço alheio que não valesse nada.
Vale-refeição
Que você come,
Sem importância,
Num dia qualquer.
Por você;
Acreditei num nós incoerente,
Você me vendo através do mundo,
Alguém pra se acender velas num jantar romântico.
Até apagar as luzes...
Mostrar o outro lado da moeda.
Seus outros quereres.
Não te culpo,
Ou desculpo,
Por não querer só eu.
Só que o que faço agora,
Com meu pedaço de carne,
De karma, de alma
Que em pratos limpos,
E em noites calmas,
Te entreguei de bandeja?
Você tem fome,
Eu entendo...
Como se satisfazer só com o pedaço,
Cheio de nervos,
Sangrando de medos
E erros
Que sou?
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