sábado, 25 de outubro de 2014

Os impulsos do inconsciente ativo: karma, cama, alma, carne




Não sei escrever bonito, 
Ou fantasiar a tristeza, 
Quando tudo que me roda me assusta.
 Me enjoa.
 Me atordoa.

 Pensar que parte sua
 Você quis não repartir comigo.
 Pesar 
Que o que eu sou não basta
 E você, bem ou mal,
 Se castra, 
Pra ser fiel à sua ideia de amor à mim.

 Preferia ser só carne em liquidação,
 Qualquer pedaço alheio que não valesse nada.
 Vale-refeição
 Que você come,
 Sem importância, 
Num dia qualquer.

 Por você; 
Acreditei num nós incoerente,
 Você me vendo através do mundo,
 Alguém pra se acender velas num jantar romântico.

 Até apagar as luzes...
 Mostrar o outro lado da moeda.
 Seus outros quereres.

 Não te culpo, 
Ou desculpo,
 Por não querer só eu.

 Só que o que faço agora,
 Com meu pedaço de carne, 
De karma, de alma
 Que em pratos limpos,
 E em noites calmas,
 Te entreguei de bandeja?

 Você tem fome,
 Eu entendo...
 Como se satisfazer só com o pedaço,
 Cheio de nervos, 
Sangrando de medos
 E erros 
Que sou?

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