domingo, 28 de setembro de 2014
o caminho para o amor é mais embaixo
N'N's
Foi um dia bom. Um planeta bem pequeno, feito de pedras da lua, quartzos e cristais, que refletia milhares de cores quando iluminado pelo Sol de seu sistema, foi descoberto. Por ser habitado por apenas dois seres recém saídos do planeta Terra, que ainda guardavam na memória seus nomes terrestres começados com a letra "N", foi nomeado de "N'n's". Com o tempo, os dois seres que ali viviam começaram, naturalmente, a esquecer os nomes e datas. Era irrelevante para eles e para o planetinha prateado-arco-íris. Não existiam informantes, revistas ou tele-jornais, de modo que nomear e datar acontecimentos era muito supérfluo. Os seres se locomoviam nus.
Amanheciam e saíam para explorar estrelas vizinhas e ouvir os silêncios musicais da imensidão de sua galáxia. Voltavam montados em cometas que faziam seus corpos vibrarem. Ou simplesmente exploravam as grandes quedas d'água que encontravam ao sair, de mãos entrelaçadas, à explorar os cantos mágicos daquele planeta tão simples e misterioso. Também passavam horas, se o tempo lá fosse contado assim, a rolar nas areias coloridas -sobras de minúsculos pedaços das rochas da região- ou colorir os corpos um do outro com elas. Outra atividade recorrente dos seres era subir no pico mais alto do planeta, o mais brilhante (já que o sol nunca deixava de bater lá), e dançar flutuantes e leves...
Já nas horas menos iluminadas, os seres gostavam de seguir o caminho encantado por vaga-lumes coloridos, espécie nunca vista no planeta Terra, e chegar nas grandes piscinas de águas termais cristalinas (provenientes de um vulcão já extinto, que deixara apenas sua beleza e o calor de seu interior), lá banhavam-se e podiam ver todas as camadas do planeta, já que as piscinas eram feitas de rochas de cristais transparentes. Aproveitavam para vislumbrar os peixes-borboletas que lá moravam e tinham cores fosforescentes fortíssimas -pequenas velas coloridas que nadavam. Mergulhavam profundamente nessas piscinas e era um dos melhores lugares para se anoitecer praticando as delicadezas fluidas e inefáveis do amor. Amavam-se até que voltasse a amanhecer ou que o corpo, exausto de vontade e entrega, adormecesse boiando nas águas.
sábado, 27 de setembro de 2014
A MÁQUINA DO FUTURO
Isso sim que eu queria, que deveria ser inventado: uma máquina para passar sensações. Nem que por alguns segundos. O outro dentro de você e você dentro dele. Como um s como um oito. Como um coito. Um gozo compartilhado. Nem que por alguns segundos.....
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
diário imaginário d'um domingo de entrelinhas e afirmações adocicadas
Apaga a luz pra eu te olhar no escuro com as mãos.
Quero percorrer você de A à Z infinitas vezes por demoradas horas.
Brincar com seus cabelos, te calar com beijo, trancar o mundo lá fora.
Chega mais perto.
Chega em mim
Que chego junto.
Sussurro baixinho em seu ouvido minha respiração,
até que eu perca o ar,
ou mesmo perca o chão.
Mas tanto faz,
escolhi viver no sonho que a gente inventou
Hoje,
nesse Domingo,
tão bom comigo,
me presenteando com você,
o melhor pedaço
da melhor loucura que faço.
Diariamente.
sábado, 13 de setembro de 2014
HÁ CURA (?)
ALOLCURAR
A.lol.curar: -se entregar a loucura; -rir alto de forma obsessiva e paranoica diante de situações normais; -ato de curar-se da loucura alucinando.
* O verbo surgiu da mistura da gíria americana "Lol" (Laughing out loud) com o substantivo da língua portuguesa "loucura", terminando por virar um neologismo verbal abrasileirado.
* O verbo surgiu da mistura da gíria americana "Lol" (Laughing out loud) com o substantivo da língua portuguesa "loucura", terminando por virar um neologismo verbal abrasileirado.
Assinar:
Postagens (Atom)